23.04.2008 - 07h46 Agências
Hillary Clinton venceu as primárias no estado da Pensilvânia com relativa facilidade, ao obter 55 por cento dos votos, frente aos 45 por cento de Barack Obama num estado populoso que garantia 158 delegados. A senadora de Nova Iorque precisava de vencer pelo menos por dez pontos de diferença em relação a Obama para continuar com a sua candidatura e foi exactamente isso que conseguiu.
As mulheres brancas e os trabalhadores rurais e industriais deste estado foram a grande base de apoio de Cinton, ao passo que Obama fez da comunidade afro-americana, mais uma vez, a sua grande aliada.
Depois desta vitória, Hillary não se vai retirar, e vai continuar a lutar pela nomeação até às últimas primárias, no dia 3 de Junho, nos estados de Montana e Dacota do Sul. Ontem ela deixou isso muito claro: "Algumas pessoas pediram-me que me rendesse", disse, em referência aos seguidores de Obama, "mas o povo americano não se rende, e precisa de um presidente que também não o faça".
Hillary disse ainda, no seu discurso de vitória, esta madrugada, que o vento está a soprar a seu favor e ser "o tipo de pessoa que não se rende perante a adversidade" e que podiam contar com ela todos os dias "quando estiver na Casa Branca". "Posso tropeçar e cair, mas com a vossa ajuda eu ponho-me de pé", finalizou a senadora.
A ex-primeira dama surgiu perante os seus apoiantes, reunidos na cidade de Filadélfia, ao lado do marido, o antigo presidente Bill Clinton, da mãe e da filha, Chelsea.
Por seu lado, Obama matizou a sua derrota e centrou-se no futuro, assegurando que, antes de mais, o importante é que os cidadãos norte-americanos, independentemente da sua raça ou origem, fiquem unidos "como uma nação, como um só povo". O senador de Illinois assegurou ainda que estas eleições vão dar aos EUA "a oportunidade de mudar as coisas" e de mudar a maneira de Washington fazer política.
Ainda à espera de se conhecer a distribuição definitiva dos delegados na Pensilvânia, mas de acordo com os últimos dados avançados pela CNN, o senador afro-americano tem garantidos 1685 delegados, frente aos 1544 de Hillary. Uma vez que não se espera que nem Obama nem Clinton sejam capazes de alcançar os 2025 delegados que lhes garantiriam a nomeação matemática, deverão ser os 800 super-delegados democratas, cargos eleitos com direito a voto na convenção partidária de Agosto, que acabarão por decidir quem é que vai ser nomeado.
