Khaled Cheikh Mohammed, considerado o cérebro dos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, afirmou esta quinta-feira que quer ser condenado à morte e tornar-se um mártir. No julgamento que hoje teve início na base de Guantanamo, o alegado terrorista dispensou o advogado de defesa.
Mohammed e outros quatro presumíveis cúmplices que hoje começaram a ser julgados, são acusados de conspiração, assassínio, atentado, danos corporais graves, destruição de propriedade, terrorismo e apoio material a actos de terrorismo. Caso sejam declarados culpados, os cinco homens arriscam-se a ser condenados à morte.
Entoando versículos do Corão, Mohammed afirmou que “Deus é suficiente para mim”. Confrontado pelo juiz sobre a possibilidade de ser condenado à pena de morte, o alegado líder respondeu que é esse o seu desejo, tornar-se um mártir.
A audiência preliminar decorreu sob elevadas medidas de confidencialidade, devido à polémica que envolve as detenções dos cinco indivíduos, consideradas ilegais pela comunidade internacional. As transmissões para a imprensa e para o público terão um atraso de 20 segundos, para permitir a eliminação de informações consideradas confidenciais.