O governo sul-africano admitiu esta quinta-feira a necessidade de acelerar os programas de luta contra a pobreza, um dos factores que considera estar na origem dos ataques xenófobos perpetrados no país, que o Conselho de Ministros classifica como “inaceitáveis e vergonhosos”.
No comunicado do Conselho de Ministros, divulgado hoje, "o governo sul-africano admite que o desenvolvimento dos serviços públicos deve ser acelerado, assim como os seus programas de alívio da pobreza, do desemprego e de outras formas de privação sócio-económica".
Os governantes consideram que a violência que tem assolado o país deve-se a “um complexo conjunto de factores” e lamentam que “preocupações reais”, como o acesso a água potável e ao emprego, sejam “exploradas para manipular comunidades e levá-las a atacar os nossos pais, irmãos, irmãs e crianças da África do Sul, do continente e de algumas partes do continente”.
O governo sul-africano avisa ainda que ”nenhuma violência será tolerada” e que vão ser criados tribunais especiais para acelerar os processos contra os autores da violência.