O Tribunal Supremo dos EUA decidiu esta quarta-feira recusar o apelo de dois condenados à morte no Kentucky que defendiam o fim da utilização de um cocktail de três drogas na injecção letal, o método mais comum de execução em território norte-americano, noticia a agência Reuters.
A decisão vem assim retomar as execuções nos EUA, que devido a este processo tinham sido interrompidas em Setembro de 2007. Segundo dados da Amnistia Internacional, durante o ano passado foram executadas 42 pessoas em 10 estados norte-americanos.
Os dois condenados à morte que levaram o caso a tribunal alegavam que o método da injecção letal viola o veto constitucional a punições cruéis, ao causar dor e sofrimento desnecessários.
Os defensores do fim da pena de morte nos EUA argumentaram que o condenado pode sofrer dores intensas, sem conseguir verbalizá-las, caso seja administrada uma dose pequena do anestésico.
A injecção letal de três drogas começou a ser usada em 1978, em detrimento de outros métodos de execução considerados obsoletos, como são os casos da electrocussão, câmara de gás, enforcamento ou fuzilamento.
No entanto, alguns casos de injecções letais mal administradas na Flórida e na Califórnia - nas quais os condenados demoraram até 30 minutos para morrer - vieram nos últimos anos lançar o debate sobre o sofrimento causado por este método de execução.